Domingo, dia 30 de Janeiro de 20114º Domingo do Tempo Comum - Ano A4º Domingo Comum (semana IV do saltério) Hoje a Igreja celebra : Santa Jacinta Mariscotti, virgem, +1640, Santa Batilde, viúva, +680 Ver comentário em baixo, ou carregando aqui Jean Tauler : «Felizes os que choram, porque serão consolados»
Ao ver a multidão, Jesus subiu a um monte. Depois de se ter sentado, os discípulos aproximaram-se dele. Então tomou a palavra e começou a ensiná-los, dizendo: «Felizes os pobres em espírito, porque deles é o Reino do Céu. Felizes os que choram, porque serão consolados. Felizes os mansos, porque possuirão a terra. Felizes os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados. Felizes os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia. Felizes os puros de coração, porque verão a Deus. Felizes os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus. Felizes os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o Reino do Céu. Felizes sereis, quando vos insultarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o género de calúnias contra vós, por minha causa. Exultai e alegrai-vos, porque grande será a vossa recompensa no Céu; pois também assim perseguiram os profetas que vos precederam.» Da Bíblia Sagrada Comentário ao Evangelho do dia feito por : Jean Tauler (c. 1300-1361), dominicano em Estrasburgo Sermão 71, para a festa de Todos os Santos (a partir da trad. Cerf. 1991, p. 573 rev.) «Ao ver a multidão, Jesus subiu a um monte [...] e começou a ensiná-los» A montanha a que Jesus subiu foi a da Sua própria felicidade e a da Sua essência, na qual Ele é um com Seu Pai. E foi seguido por uma grande multidão: é a multidão dos santos cuja festa se celebra hoje; todos O seguiram, cada um de acordo com a vocação a que Deus o chamou. Nisso devemos imitá-los, prestando antes de mais atenção à nossa vocação, para nos assegurarmos daquilo a que Deus nos chama e seguir então esta chamada. [...] Chegado ao cimo da montanha, Jesus começou a falar e proclamou as oito bem-aventuranças. [...] «Felizes os pobres em espírito, porque deles é o Reino do Céu.» A primeira virtude é a pobreza espiritual, porque ela é o início e a base de toda a perfeição. Viremos esta questão de todas as formas, no fundo, será sempre necessário que o homem seja despojado, desamarrado, livre, pobre e desligado de toda a riqueza, para que Deus realmente conclua a Sua obra. O homem tem de se desembaraçar de todo e qualquer laço; somente assim Deus poderá estar com ele. [...] «Felizes os mansos, porque possuirão a terra» por toda a eternidade. Dá-se aqui um passo mais porque, pela verdadeira pobreza, libertamo-nos dos obstáculos, mas com a doçura penetramos mais nas profundezas, expulsamos toda a amargura, toda a irritabilidade e toda a imprudência. [...] Para quem é manso, nada é amargo. Para os que são bons, também tudo é bom; tudo vem do seu fundo bom e puro. [...] Quem é manso possui a terra, residindo na paz, aconteça-lhe o que lhe acontecer. Mas, se não agires assim, perderás simultaneamente esta virtude e a paz, e poder-se-á dizer de ti que és um quezilento e comparar-te a um cão tinhoso. «Felizes os que choram [...].» Quem são por conseguinte estes que choram? Num certo sentido, são os que sofrem; noutro, são os que choram os seus pecados. Mas os nobres amigos de Deus, que neste aspecto são os mais felizes de todos, terminaram de chorar os seus pecados [...]; e contudo não deixam de chorar: choram os pecados e as faltas do seu próximo. [...] E assim, os verdadeiros amigos de Deus choram devido à cegueira e à miséria dos pecados do mundo. Gerir o seu abono directamente carregando AQUI |
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30 de janeiro de 2011
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